segunda-feira, 2 de junho de 2014

Utopia

> Hoje me deu necessidade de dissertar sobre a utopia.
Provavelmente já fiz isso antes, aqui no blog mesmo talvez, anyway, vai de novo. Whatever. <

Iniciando a questão com a teoria da equação de Clapeyron, aquela super útil que só funciona com gases que não existem, os gases Ideais.
A ciência que a gente chama de exata tomou a liberdade de se dar o poder de inventar certezas impossíveis e decidem estudar as coisas em planos inexistentes com as condições ''ideais''. Ideais estas pra que os estudos da ciência ''Exata'' funcione como se quer.
Isto é, ideal que estas sejam as circunstâncias [inexistentes no plano real] pra que a lógica deles faça algum sentido. E a partir dessa ''lógica'' dá-se a esta ciência confusa o título de Exata.
Claro, bem exata quando desprezadas todas as condições reais da natureza e consideradas apenas as condições baseadas restritamente na ciência matemática - ciência esta que foi totalmente produzida pelo humano - a única que realmente funciona completamente em si mesma.

A questão é que esse uso que a ciência exata fez do termo Ideal quebrou, no meio social, a noção essencial do que é efetivamente algo Ideal. Ideal é, efetivamente, aquilo que deveria ser. Ou seja é algo a se buscar, almejar, procurar. Quando se diz que uma coisa é Ideal não quer dizer simplesmente que ela não existe - muito menos que é impossível - mas também que deveria existir, pode até ser necessária.

Uma utopia é basicamente um sistema de convivência social Ideal. Não é um mundo mágico impossível, não é uma coisa inatingível, não é um sonho pra ficar meramente no campo das ideias. É um Ideal a ser almejado, e o objetivo pelo qual se deve trabalhar para atingir.

O uso do termo ''utópico'' como sinônimo de inexistente, impossível, ou impraticável me soa definitivamente errôneo.  Me incomoda profundamente, eu como sonhadora não me importaria de ser chamada de utópica se as pessoas não atribuíssem á palavra tal conotação pejorativa. 
Eu sou mesmo utópica, não apenas porque sonho com um mundo que ainda não existe, mas porque acredito na possibilidade, ainda que remota, de que algum dia ele exista, e tento lutar por isso.


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