segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Contrariado Infeliz


[Parto do princípio da idealização do equilíbrio; e sigo pelo caminho que leva a explicar o que perturba um humano.]
Pode-se perguntar a qualquer ser, de preferência um humano se esperar por uma resposta inteligível, o quanto ele não gosta de ser contrariado.
Suponhamos assim; que temos um macaco em seu galho (partindo do pressuposto que ele se encontra em seu hábitat natural, e não num zoológico ou algo do tipo), e que ele é, então, agarrado e removido de seu lugar – um explorador pegando-o no colo, talvez – ele começa a grunhir e gritar, esperneia e luta, basicamente, mostra-se contrariado. Não que estivesse fazendo algo útil ou de alguma importância em seu galho. Mas se encontrava em paz e tranquilo onde estava, e se encontrava ali apenas por ter vontade. Demonstrou reluta ao ser perturbado.
O ser humano é um animal racional, capaz de controlar-se. Espernear e gritar, ao ser obrigado a fazer o que não quer, não seria socialmente aceito. Portanto, o homem controla seus sentimentos gritantes, faz o que lhe é pedido (ou ordenado, dependendo da ocasião), e guarda essas emoções, essas insatisfações, trancafiadas dentro de si. Contrariado mas controlado.
Esses desgostos acumulam-se dentro do homem ao longo do tempo, da vida, e deturpam sua sanidade mental, seu raciocínio, e acabam por bloquear qualquer capacidade de ser feliz.
O homem fere-se psicológica e emocionalmente ao ser obrigado a fazer algo contrário a suas vontades. Talvez até literalmente. Talvez alguns de seus neurônios morram ao ser acordado artificialmente pelo despertador para ir ao trabalho ou á escola.
Com o raciocínio danificado, as vontades não surgem nítidas naturalmente. Ferido, alcançar a felicidade parece cada vez mais difícil.
O ideal para qualquer um é fazer o as coisas quando se tem vontade. Mesmo coisas simples como dormir quando se tem sono, ou comer quando se tem fome. Ou acordar naturalmente, ou passar o dia em casa lendo o livro que der na telha. É saudável.
BHK2012

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