[Parto do princípio da idealização do equilíbrio; e sigo pelo caminho
que leva a explicar o que perturba um humano.]
Pode-se perguntar a qualquer ser, de preferência um humano se esperar
por uma resposta inteligível, o quanto ele não gosta de ser contrariado.
Suponhamos assim; que temos um macaco em seu galho (partindo do
pressuposto que ele se encontra em seu hábitat natural, e não num zoológico ou
algo do tipo), e que ele é, então, agarrado e removido de seu lugar – um explorador
pegando-o no colo, talvez – ele começa a grunhir e gritar, esperneia e luta,
basicamente, mostra-se contrariado. Não que estivesse fazendo algo útil ou de
alguma importância em seu galho. Mas se encontrava em paz e tranquilo onde
estava, e se encontrava ali apenas por ter vontade. Demonstrou reluta ao ser
perturbado.
O ser humano é um animal racional, capaz de controlar-se. Espernear e
gritar, ao ser obrigado a fazer o que não quer, não seria socialmente aceito.
Portanto, o homem controla seus sentimentos gritantes, faz o que lhe é pedido (ou
ordenado, dependendo da ocasião), e guarda essas emoções, essas insatisfações,
trancafiadas dentro de si. Contrariado mas controlado.
Esses desgostos acumulam-se dentro do homem ao longo do tempo, da vida,
e deturpam sua sanidade mental, seu raciocínio, e acabam por bloquear qualquer
capacidade de ser feliz.
O homem fere-se psicológica e emocionalmente ao ser obrigado a fazer
algo contrário a suas vontades. Talvez até literalmente. Talvez alguns de seus
neurônios morram ao ser acordado artificialmente pelo despertador para ir ao
trabalho ou á escola.
Com o raciocínio danificado, as vontades não surgem nítidas
naturalmente. Ferido, alcançar a felicidade parece cada vez mais difícil.
O ideal para qualquer um é fazer o as coisas quando se tem vontade.
Mesmo coisas simples como dormir quando se tem sono, ou comer quando se tem
fome. Ou acordar naturalmente, ou passar o dia em casa lendo o livro que der na
telha. É saudável.
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