quarta-feira, 29 de julho de 2015

Ser das Trevas (Recomendo que vocês não leiam isso)

Pra mim, ser das trevas não é só um estilo. Pode ser um estilo, ao qual eu me adequo de vez em quando. Mas pra mim é mais um tipo de coração. Um tipo como o meu, no caso, acho que devem existir corações mais trevosos que o meu e tal. Mas enfim.
Várias pessoas já me perguntaram ''como você pode ser das trevas e ter medo do escuro?'' É até facil de explicar mas não é fácil de entender, aí me dá preguiça. Eu tenho medo do escuro por que minha imaginação é muito fértil e minha crença em fitas paranormais é bem grande. Então sim,e u ja vi uns babadooks e outros capetas nas sombras do meu quarto. Eu acredito em parte que esses capetas tão ali de boa coexistindo com a realidade que eu tou e pá, que não tão super afim de me matar ou me possuir, mas o medo tá mesmo na existência da parada. Porque se as fitas que eu vejo existirem, o que me garante que existem fitas existindo por aí que são minhas inimigas na mesma quantidade das que são minhas amigas. Se pá o medo, em sua parte racional, é isso aí.
Mas pra um coração trrevoso como o meu. Eu consigo não ligar muito pra isso. Eu consigo tar tão de boa com a possibilidade da morte que nem me pergunto se alguma das sombras quer me matar. São momentos que eu tou de boa. Acontecem.
Agora, não é só isso que um coração trevoso faz. Claro que eu só posso falar do meu.
Não da pra passar uma semana inteira sendo feliz o tempo todo. Não dá. O coração não permite. Primeiro as coisas que te fazem feliz passam a ser indiferentes. Depois passam a te comer a paciência. Depois te dão raiva. E depois, quando as coisas acabam, volta tudo a ser indiferente.
A indiferença domina até as fitas mais triviais da vida. Não ligo se o sol vai nascer ou se por. Não ligo se alguém vai aparecer ou ir embora. Não ligo se o semestre vai começar ou acabar. Não ligo se vou viver ou morrer.
Não ligo pras pessoas, nem pros sentimentos delas, nem pros problemas delas. Todos os três só me fazem sentir cansaço, tédio, e impaciência.
É claro, que a melhor solução pra isso tudo é o suicídio. Mas pra mim não é mais uma opção.
Eu tenho um irmão que não quero deixar no mundo alone. Quando tudo mais é indiferente o sofrimento que ele tem ou terá não é indiferente. Eu me dei a responsabilidade de cuidar disso. De tirar ele dos caminhos que eu já passei que deram em sofrimento. Não sei se tenho praticado isso muito bem. Mas não me dou o direito de desistir. Não consigo.
Mas se alguma coisa no escuro do meu quarto me matar. Eu não vou ter desistido. Chega até a ser uma esperança.

Um comentário:

  1. Não para de escrever, não. Quero ler mais. É daora ler seus textos (porque falam com o coração, e não com a dificuldade de conceitualizar perfeitamente cada coisa). Que acha?

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